Projeto Chão Arejado — Livro-Exposição
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PROJETO CHÃO AREJADO
Livro-Exposição
Livro Chão Arejado
Exposição Mostra Poética Imagens e Instintos
Marcos Torres & Uillian Novaes
Produção e Edição de Vídeo e Documentário
Otávio Calmon Valverde
Trilha Sonora
Nome
Narração
Nome
Produção e Montagem de Plataforma
Marcos Torres & Patrícia Rigotti
Curadoria
Salvador/Ba
Nome
Setembro de 2016
Cachoeira/Ba
Nome
Outubro de 2016
São Paulo
Patrícia Rigotti
Fotografia
Otávio Calmon Valverde
Produção e Direção Geral
Marcos Torres & Uillian Novaes
Realização & Apoio Institucional:
Biblioteca Universitária Reitor Macêdo Costa
Sistema Universitário de Bibliotecas da UFBA
Espaço Cultural Hansen Bahia
Patrocinadores:
PROJETO CHÃO AREJADO
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Trata-se de um projeto que já vinha sendo pensado e maturado há mais de cinco anos e só há pouco mais de dois anos é que ele foi de fato para o papel, produção e execução efetivamente.
Falando sobre o projeto propriamente dito e seus aparatos conceituais, há animais que vivem na natureza com todos os seus instintos de sobrevivência. Há outros que vivem em contextos urbanos com todas as suas turbulências sociais, culturais e históricas e suas ambivalências e paradoxos. Nesse sentido há significativas distinções entre eles. Existe uma diferença entre os animais que vivem na natureza por puro instinto de sobrevivência e com todas as suas agruras para sobreviver num terreno muitas vezes hostil em relação a outros seres bípedes (o Homem) que em muitos momentos se apropriam desses mesmos instintos de sobrevivência para responder grande parte de suas imposturas diante da vida e dos outros.
É importante salientar que tanto o livro Chão Arejado quanto a ideia da Exposição Mostra Poética Imagens e Instintos nasceram da impactante imagem do menino sudanês se arrastando sob o olhar atento de um abutre e ambos num terreno demasiadamente hostil em meio a uma Guerra Civil sangrenta que assolava o Sudão nos idos dos anos de 1980/90. Este projeto como um todo também nasceu da notícia impactante sobre a morte prematura do fotógrafo Kevin Carter por meio de anfetaminas e suicídio anos após o dia fatídico de ter tirado aquela foto e, segundo dizem, não ter espantado o abutre. Mesmo diante de tantos equívocos e paradoxos disseminados no inconsciente coletivo, Kevin Carter foi reconhecido posteriormente pelo seu trabalho fotográfico ao registrar um mundo mergulhado no horror e em meio ao caos, fome e dor. O abutre era e é apenas uma força da natureza com todos os seus instintos de sobrevivência. Estava ali movido por forças da natureza e seus instintos de sobrevivência e isso era tudo.
Há uma tarefa árdua e ao mesmo tempo uma sensação estranha ao tentar esboçar e justificar algo trazido do tecido de citações e dos mil focos da cultura, que, por sua vez, será deixado um campo aberto de significações, reapropriações e releituras a partir de experiências pessoais e da relação entre sujeito e objeto. Mas diante de tal empreitada o que talvez seja pertinente apresentar nesta exposição e para reflexão é o modo como os poemas e desenhos são entrelaçados com uma multiplicidade de linguagens e como são apresentados a partir de certas inquietações contemporâneas com a emergência deste projeto no sentido amplo de sua composição, com o objetivo de suscitar várias inquietações e reavaliações e novas posturas críticas de leitores e leitoras inseridos na cultura e imersos em suas experiências sociais, culturais e afetivas. O Deslocamento do Olhar e a Ampliação do Horizonte de Percepção talvez sejam os pontos centrais do discurso do livro e da Exposição.
A importância e a motivação para escrever este livro e montar esta Exposição justificam-se porque partiu de uma percepção e da necessidade de romper barricadas e trazer novas experiências além de suas fronteiras: a importância de observar e se relacionar com culturas e experiências alhures que vão muito além da cultura ocidental, ou melhor, além de qualquer classificação ou modelo de vida e experiência, além do desconhecido, do diferente, de seus costumes, aspectos culturais e de suas epidermes e instintos; abre novas perspectivas para se ir além das vivências geográfico-espaço-temporais, marcadas muitas vezes por um discurso hegemônico e inquestionável e não menos beligerante, sob a responsabilidade de sociedades disciplinares e de controle que moldam os sujeitos e suas ações e nessa esteira o disciplinamento e o dilaceramento dos corpos motivado por ações arbitrárias e brutais de toda ordem.
Com efeito, sua relevância cultural pode apontar para o reconhecimento de culturas alhures muitas vezes esquecidas e ou apagadas de processos culturais e históricos, de sua relevância e valor simbólico entre os quais sujeitos e seres vivos estão ali inseridos como parte integrante daquela sociedade e sem jamais perderem de vista suas relações com as outras esferas humanas e suas relações sociais e afetivas, a partir de um processo histórico indissociável tanto no meio em que vivem como também poder ir além de suas fronteiras espaciais, geográficas, sociais e culturais.
O projeto aqui apresentado é desenvolvido por dois artistas, sendo um poeta e escritor e o outro artista visual, a saber: Marcos Torres e Uillian Novaes; o projeto como um todo está articulado com duas propostas: o livro Chão Arejado com uma coletânea de 40 desenhos mais a ilustração da capa, com esboços feitos a lápis e finalizados com bico de pena e nanquim com 123 poemas sendo três para cada desenho e mais os três poemas de abertura conjugados com a imagem da capa e com a Exposição Mostra Poética Imagens e Instintos. Exposição composta de 40 desenhos em molduras cujas ilustrações são todos elas na sua versão original e com suas dimensões de 37X47 em papel A3 e moldura em madeira; 40 poemas em plotagem ou impressão fotográfica em papel le plume, dois banners com dimensões 70X90 com impressão fotográfica em papel le plume trazendo ilustrações de rascunhos e esboços (poemas e desenhos refeitos e ou inacabados: o refazer da arte e seus processos de composição em busca de uma expressão); disposição de seis a quatro notebooks, uma TV de tela led e um projetor de slides em alta resolução para apresentação de esboços, rascunhos, slides, filmes, documentários, vídeos, músicas e making-off/Documentário; e duas enciclopédias sendo uma dividida em cinco volumes e outra em volume único as quais vão estar disponíveis para a leitura e manuseio cuidadoso dos/as leitores/as e demais visitantes para apreciação dos conteúdos expostos e disponíveis à leitura, no sentido de ampliar novas formas de pensamento e ação para troca de ideias.
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Saudações Artísticas
Marcos Torres & Uillian Novaes