Arquivo de março, 2017

Livro-Exposição

Publicado: março 29, 2017 em Eventos, Literatura e Outras Artes, Poesia

Em breve!

Livro-Exposição

16998095_1313542222022605_3038486759997250709_ncapa-projeto-chao-arejado

 

Publicidade

1984_2_george_orwell

Desafios

Tantos desafios vencidos e tantos outros ainda a enfrentar ao longo da estrada…

No Meio do Caminho  – Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho

Tinha uma pedra

No meio do caminho tinha uma pedra

 

Nunca me esquecerei desse acontecimento

Na vida de minhas retinas tão fatigadas

Nunca me esquecerei que no meio do caminho

Tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra.

 

Mas vamos sempre seguindo, mesmo diante de tantos perseguidores implacáveis junto aos seus conselheiros pérfidos, onde a mais completa indiferença já não basta mais, é preciso esquartejar e expor os pedaços em praça pública – principalmente quando alguém se ausenta de alguns encontros (ao dizer prefiro não) no salão d’O Grande Gatsby entre convidados e intrusos atrasados há pelo menos meio século – (“por favor não saiam da praça antes de ouvir o último suspiro e ver a última gota de sangue cair sobre o adubo para alimentar os vermes. é preciso ter certeza de que tudo realmente se esvaiu. obrigado!”), para alimentar a sociedade do espetáculo nessa aldeia global e buscar disciplinar, controlar e dilacerar os corpos, com seus atuais projetores ferozes sempre a nos vigiar com seus óculos infravermelhos sob uma luz mortiça mirando os indulgentes, tentando sufocar e matar suas sobrevivências, o lampejo fugaz com sua faísca de esperança, diante de um mundo que perdeu quase todas as suas ilusões e grande parte de sua esperança para dar lugar a um outro tipo de ideologia, muitas vezes com discursos que já nascem com certidão de óbito desde a primeira letra…, ainda assim vamos seguindo, nem que seja para alimentar um único grão de esperança, mesmo nestes tempos de morte da experiência e de pobreza, em meio a todas as formas de violência e barbárie…mas, não esqueçam jamais, as sobrevivências são indestrutíveis e continuarão lançando seus lampejos pobres e precários, fugazes, com suas luzes intermitentes… aprendendo a sonhar e renascer como uma fênix todos os dias. Agradeço a *Poesia por acalentar grande parte de minhas dores…

*Obrigado Drummond por escrever algo tão profundo com tanta simplicidade.

Até qualquer dia, especialmente para aqueles e aquelas que estão no limiar das sobrevivências

m.t.

23.

habit-ações…

quantas pernas bamboleantes…

por que lá a maré nunca está boa?

e esta fuligem, este rio que passa sem ao menos dizer um adeus,

em meio ao rumor do tráfego lá em cima nos viadutos.

e esses ameaçadores automóveis com seus olhos de serpente;

este metal duro e indiferente.

por que essa gente vive tão separada por essas margens,

de um lado olhos sonolentos,

olhando para o outro lado da margem,

em frente a um amontoado de cascos duros com dedos em riste quase tocando o céu

com tamanha indiferença, silêncio e separação…

por que essas águas não responde o meu grito?

quais epidermes moram nestas habit-ações?

não sei o que responder ao  estômago quando ele começa a perguntar demais.

por que não encontro respostas para saciar o meu próprio corpo,

frágil e agonizante…

por quê?

m.t.

Foto e vídeo

DSCN0506DSCN0507DSCN0512DSCN0523

Alerta

 

Habit-ações

Lançamento e Exposição em breve!

16998095_1313542222022605_3038486759997250709_n