Arquivo da categoria ‘Textos Publicados em suas Linguagens Multifacetadas’

Sobre A morte do pai – de Karl Ove
Por Marcos Torres

Karl Ove já vendeu mais de meio milhão de livros, superando o volume de vendas de muitos escritores dentro do mercado americano, inglês ou alemão. Mas a que será que se deve tamanha repercussão? A publicação do primeiro volume, além de um mal-estar familiar generalizado, rendeu a Karl Ove um processo judicial pelo uso de detalhes biográficos expondo a família Knausgard aos holofotes da mídia que quis investigar as figuras de carne e osso por trás do relato.

Não deixa de ser surpreendente também o fato de que corre o boato que as empresas na Noruega foram obrigadas a instituir os chamados “dias sem Knausgard”, proibindo os funcionários de lerem ou comentarem durante a jornada de trabalho o livro de Karl Ove.

Mas o mais interessante é a tensão criada pela narrativa entre vida e ficção. Tematizando a saga autobiográfica do autor (seis volumes, um total de 3600 páginas, cujo primeiro volume intitulado A Morte do Pai já foi publicado no Brasil. Além de retomar as inquietações a respeito da noção de gênero literário e suas formas cambiantes, fala-se na imbricação entre vida e obra, entre realidade e ficção e aposta-se que Karl Ove propõe a inversão do paradigma do pacto autobiográfico conforme sustentado por Philippe Lejeune. Para Lejeune, o leitor deveria aceitar o pacto de leitura conforme o gênero literário apresentado pelo autor, mas Karl Ove parece inverter ou propor outro pacto e pede para o leitor decidir em qual gênero seus livros devem se encaixar: autobiografia ou ficção?

Vale a pena arriscar um palpite nessa discussão, pois depois da leitura de A Morte do Pai de Karl Ove você vai se dar conta de que alguma coisa está mudando em relação àquilo que, até há bem pouco tempo, chamávamos de ficção.

Trecho do livro disponível para leitura no link abaixo:

A morte do Pai – de Karl Ove

A Literatura na Era Digital
Por Elionai do Vale – Para o blog Leituras Contemporâneas

http://leiturascontemporaneas.org/2014/07/03/a-narrativa-digital/

A BIOPOLÍTICA E O DILACERAMENTO DOS CORPOS
Por Marcos Torres

A BIOPOLÍTICA E O DILACERAMENTO DOS CORPOS

“What would i say?” no campo literário

Por Débora Molina – Para o blog Leituras Contemporâneas

O que eu Diria: um breve relato sobre a inquieta produção contemporânea.

Pedro Lemebel – O escritor e sua Performance autoral

Por Eder Porto – Para o Blog Leituras Contemporâneas.

“Pedro” e suas aparições literárias

Karl Ove e sua vida

Texto disponível no link abaixo:

Karl Ove e sua vida

Reprodução – Bernardo Carvalho

Por Marcos Torres

Disponível em:

Reprodução – Bernardo Carvalho

Multidão e Vulnerabilidade: Poetas e Novas Políticas de Subjetivação
Por Sandro Ornellas

[Texto publicado na Revista Anpoll, Vol. 1, Num. 35 (2013)]

Multidão e Vulnerabilidade – Poetas e Novas Políticas de Subjetivação

                       ANTIBIOGRAFIAS?

         ARFUCH, Leonor. Antibiografias? Tradução de Dênia Sad Silveira. In: SOUZA, Eneida Maria de; TOLENTINO, Eliana da C.; MARTINS, Anderson B. (Org.). O futuro do presente: arquivo, gênero e discurso. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012. p.13-27. (Humanitas).

RESUMO

Por Marcos Torres         

ANTIBIOGRAFIA

Autores sob a rubrica daquilo que pode ser apontado como “Antibiografias” (sob a perspectiva de Leonor Arfuch).

 Alguns autores e textos foram importantes para novas configurações e significativas mudanças para a narrativa contemporânea e o “Espaço Biográfico”:

Jean-Jacques RousseauJean-Jacques_Rousseau Jean-Jacques Rousseau foi o grande paradigma para a emergência da escrita autobiográfica e a narrativa da intimidade;

Samuel_Richardson – O romance Pamela, de Samuel Richardson Samuel_Richardson – Best-seller para a emergência do gênero carta e que mais tarde foi importante para a configuração do clássico romance na forma autobiográfica, marcando assim os intercâmbios das esferas pública e privada.

Santo Agostinho– Santo Agostinho Santo_Agostinho – paradigma para a emergência do diário íntimo, especialmente baseado no desejo do perdão e da fé cristã.

Robinson Cruose– Robinson Crusoé Robinson_Crusoe – paradigma para a emergência do romance moderno e de certo modo para a escrita do eu como desafio.

Exemplos que apontam para o que podem ser considerados como antibiografias – Ou protótipos para sua emergência. É importante perceber este umbral sendo tomado por uma escrita com certa anomalia e misturas heteróclitas. No cenário contemporâneo temos novas configurações no espaço biográfico e novos autores que “Escrevem suas Trajetórias” pautadas por certa anomalia a partir de disjunções, disrupções e misturas heteróclitas.

Jean-Luc_Godard_at_Berkeley,_1968_(1)– Jean-Luc Godard  Jean-Luc_Godard – filmes como autorretratos

Mario Levrero – Mario Levrero – Diário-Romance: A novela Luminosa

http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=es&u=http://es.wikipedia.org/wiki/Mario_Levrero&prev=/search%3Fq%3DMario%2BLevrero%26biw%3D930%26bih%3D592

J.M._Coetzee– J. M. Coetzee J._M._Coetzee – Verão

On KawaraOn Kawara – On_Kawara

Christian BoltanskiChristian Boltanski – Christian_Boltanski

Sol LewittSol Lewitt – Sol_LeWitt

Jonas_MekasJonas Mekas – Jonas_Mekas

Avi Mograbi– Avi Mograbi http://www.avimograbi.com/ – Documentarista sendo ele mesmo diversos personagens (registro do dia a dia)

O QUE É O CONTEMPORÂNEO? E OUTROS ENSAIOS

AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? In: O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Tradução Vinícius Nicastro Honesk. Chapecó, Santa Catarina: Argos, 2009. p.55-76.

RESUMO
Por Marcos Torres

O contemporâneo é esse devir e esta forma inapreensível de estabelecer conceitos e parâmetros para melhor compreensão sobre seus objetos disseminados quase instantaneamente na cultura. Um conceito que nasce das trevas e ao mesmo tempo lança sua luz em nossa direção, para nos desafiar a compreender a incompatibilidade de seus enigmas e sua forma intempestiva num tempo oscilante e por vezes anacrônico.

O que é o contemporâneo e outros ensaios