Arquivo da categoria ‘Poesia’

narrativa cotidiana

Publicado: julho 26, 2016 em Crônicas Urbanas, Poesia

…quando vamos poder seguir?…

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narrativa cotidiana

Publicado: julho 7, 2016 em Crônicas Urbanas, Poesia

20.

…por que ainda não acordamos?…

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…será que o [sinal] vermelho ainda está fechado?…

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narrativa cotidiana

Publicado: julho 7, 2016 em Crônicas Urbanas, Poesia

… esperando sentado sem pressa um trem que nunca chega…

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Poema Visual – Visual Poem

Publicado: junho 28, 2016 em Poesia

Para a coletânea do livro Cartografia.

Descartável

Poema Visual – Visual Poem

Publicado: junho 27, 2016 em Poesia

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narrativa cotidiana

Publicado: junho 27, 2016 em Crônicas Urbanas, Poesia

…passo suspenso…

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narrativa cotidiana

Publicado: junho 27, 2016 em Crônicas Urbanas, Poesia

…caldeirão de histórias e memórias…SAM_0005

 

 

  1. mãos. olhos. cores. corações. corpos. tintas. imagens. sons. ruídos. material. matéria. percepções. potências. metamorfoses. o outro nu outro. nos importamos? importa? caldeirão de histórias e memórias cozinhando numa panela preta. medo. mundo. mudo. solidão. frio. formas. força. fome. fogo. água. alimento. ação. arte. aqui, posso dormir sossegado, depois acordo para conversar com meus pares e outros corpos que seguem em sentido contrário.

em algum banco de pedra do largo da batata – sp – brasil                                                                                                                                                                                    

marcos torres

foto e vídeo

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  1. sampa. como traduzir este cruzamento com seus semáforos, ruas e calçadas. hoje, quando chego por aqui quase nada entendo. tudo está mudado. nenhuma nostalgia detém a velocidade dos carros e os passos vagos dos transeuntes. já não observamos mais as árvores nem o sol com lágrimas nos olhos. tudo parece febril. rostos pálidos, nenhum sorriso. nenhum tronco ereto. corpos contorcidos em ângulo de antigos vassalos, cada vez mais inclinados em direção ao chão. nenhum olho consegue mais ver o horizonte. pálpebras baixas furando o chão. tombo. tombo. mais tombo… e estas tuas esquinas me olhando de soslaio. este espelho de narciso apavorado e feio. será que ainda somos mutantes? ou talvez seja um novo começo da cidade, da realidade, do avesso, das coisas belas, do povo oprimido nas filas, vilas, favelas, substituídas pelas estrelas apagadas. onde estará o céu, os espaços, as florestas, a chuva? há um novo quilombo, uma nova américa, uma nova áfrica, uma nova garoa pra gente curtir numa boa?… o que fazer neste entrelugar onde o sinal parece fechado?…pra onde eu sigo?…

em algum lugar no cruzamento da avenida são joão com a avenida ipiranga – sp – brasil.

marcos torres

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18.2 …e eu aqui parado neste entrelugar onde os corpos são bifurcados.

avenida são joão X avenida ipiranga – sp – brasil

 marcos torres

foto e vídeo

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16. voz do livro. estou em algum lugar desta avenida em constante estado de convulsão. aqui deitado neste chão de pedra e betume. os semáforos trocam suas cores e ouço buzinas enfurecidas pisando no asfalto quente com suas latarias. as ruas estão abarrotadas de gente perambulando de um lado para o outro e ninguém me escuta. aliás, todo mundo fala e ninguém quer escutar. será que um dia ainda haverá alguém para escutar? alguém escreveu um dia que somos seres insignificantes comparados às constelações e ebulições do universo, se o mundo eclipsasse neste exato momento não passaríamos de uma poeira quase invisível, um nada diante de explosões luminosas e vulcânicas. as posições espaços lugares são transitórios, não esqueçam, nunca serão para sempre até que a morte os separe. não alimentem ilusões sem sentido. qual a dificuldade de perceber que logo logo você será um cadáver, frio e esquecido?, como escreveu uma única vez um certo augusto. antes disso e em muito pouco tempo você pode vir a ser algo tão insignificante quanto uma folha seca esquecida na beira de uma estrada empoeirada onde ninguém passa por lá…o mundo tem pouca memória, acorde!… enquanto isso fico mudo deitado neste chão ardente e rude…
em algum lugar da avenida paulista. são paulo – sp – brasil.

marcos torres

foto e vídeo

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  1. quatro pilares. um teto de concreto. em cima, tintas seculares. lá embaixo, corpos esquálidos amontoados sobre os paralelepípedos, aquecendo uns aos outros. nessa zona de ausências cada um carrega sua própria humanidade, vigiados e punidos pelos olhares indiferentes dos automóveis no outro lado da rua. na mão e contramão a poluição segue no chão ardente para endereços incertos. e eu fico aqui ereto, no canto desta parede, com meu corpo-celulose dividido em páginas-silêncio… perto de algum lugar lá em cima no teto de cimento protegendo nomes mortos, guardados por paredes brutas… são paulo – sp – brasil                                                                      marcos torres

foto e vídeo

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